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BOOKER T. WASHINGTON

que me dispensam. Se me vêem com um livro pesado, offerecem-se para transportal-o; em dias de chuva nunca me levanto do bureau sem que um alumno se approxime, decidido a acompanhar-me segurando o guarda-chuva.

Devo dizer que, nas minhas relações com os brancos do Sul, nunca recebi uma affronta pessoal. Em Tuskegee e vizinhança sempre me testemunharam consideração, coisa que algumas vezes muito lhes custa, bem sei.

Ha algum tempo viajei no Texas, de Dallas a Houston. Ignoro como souberam que me achava no trem, mas a verdade é que, em todas as estações, brancos em quantidade, inclusive funccionarios, vieram felicitar-me pela obra que emprehendi no Sul.

Mais tarde, dirigindo-me a Atlanta, cancei-me depois duma longa viagem e tomei um Pullman car. Ahi encontrei duas senhoras de Boston minhas conhecidas, que ignoravam, supponho, os costumes do Sul e innocentemente me convidaram a sentar-me ao lado dellas, o que fiz meio encabulado. Logo uma das senhoras pediu a ceia para tres. Isto augmentou a minha perturbação. Muitos brancos pejavam o carro e não tiravam os olhos de cima de nós. Ouvindo aquella historia de ceia, arranjei um pretexto para me afastar, mas obrigaram-me