minha mocidade, nunca esmoreci na resolução de instruir-me, custasse o que custasse.
Pouco depois da nossa chegada á Virginia Occidental, minha mãe, esquecendo a pobreza, adoptou um pequeno orpham a quem demos mais tarde o nome de Jayme B. Washington. Esse moço nunca nos deixou.
Tiraram-me da usina e empregaram-me na mina de carvão que ali se explorava especialmente para alimentar os fornos. Sempre tive medo de carvão: nas horas de serviço a gente se suja em demasia, e é difficil limpar-se depois. Alem disso, para ir da boca da mina ao lugar do trabalho, eu precisava andar cerca de kilometro e meio nuna escuridão terrivel. Julgo que em parte nenhuma ha trevas tão medonhas como nas minas de carvão. Essa onde me empreguei estava dividida em grande numero de compartimentos, que nunca pude localizar direito. Muitas vezes me perdi no meio delles. A minha lanterna se apagava, e isto era horrivel: se não tinha phosphoros, caminhava á toa naquella noite profunda, até que apparecesse alguem. O trabalho era duro e perigoso: constantemente nos arriscavamos a voar numa explosão repentina ou a ser esmagados sob um bloco de ardosia. Desastres deste genero se reproduziam constantemente, e a minha inquietação era immensa.