Tenho fallado muito ás mães n’este assumpto.
Nunca me cansarei de lhes repetir que se entreguem bem do intimo d’alma á educação dos seus filhos!
É que não ha creanças más, como não ha homens perversos.
Ha creanças mal educadas e ha homens pervertidos.
Na educação que as creanças recebem dominam ainda perigosos preconceitos, e dizemos perigosos, por que n’este grave assumpto todo o erro é um perigo.
Apontemos alguns.
Toda a mãe ambiciona possuir um filho modelo.
Quer dizer, um menino muito direito, muito aprumado, que falla como um livro, que sabe grammatica, maximas moraes, que repete versos classicos, que nunca faz bulha, que tem gestos desdenhosos e reprehensivos para a travessura dos outros, que nunca se esquece das lições, que é emfim um prodigio que todas as mães invejam, e apontam como ideal a seus filhos menos privilegiados.
Esta classe de creanças póde dizer-se que é a unica verdadeiramente antipathica.
Evitemos quanto possivel que os nossos filhos sejam meninos modelos.
Para evitar este resultado, é preciso não dar excessiva