Choro porque as mães são fracas, Magdalena, mas para que choro eu?
Já nada, nada na terra nem mesmo a minha morte nos póde separar.
Todas as virtudes que elle tiver, serão simplesmente o fructo das flores que eu tenho cuidado com tanto amor, assim como essas flores veem dos germens que eu semeei cheia de susto, de delicias, de ambições, de louco anceio!
Fui eu que o conduzi pela mão, ao mesmo tempo tremula e confiante, até ao limiar da sua pura adolescencia.
Sinto orgulho é verdade, mas tambem sinto saudades!
Saudades do tempo em que o embalava nos meus braços, em que elle só de mim vivia, como eu vivia só para elle.
Foram as minhas alegrias mais superiores e mais completas.
D’ora ávante é preciso que elle se emancipe um pouco da minha tutella extremosa, que elle se vá robustecendo ao contacto rude dos homens e das cousas.
Fui eu que o formei. Sinto que pertencerá ao numero dos fortes, e que não succumbirá na lucta da vida...