Página:O Gaucho (Volume I).djvu/26

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lhanos ahi andam na fronteira, fazendo das suas.

Abrindo oponche, o gaúcho, tirara da guaiaca, espécie de bolsa de couro atada á cinta, um cigarro de palha e o preparava com a dextreza de fumista consummado.

— Bem; antes da noite saberei; disse tirando lume do fuzil.

Entretanto o pião, erguendo-se do pelego, se aproximara da porta e olhava com attenção para o viajante.

— A modo que estou conhecendo ao senhor? acodiu elle.

— Póde ser, chamo-me Manoel Canho, para o servir.

— Outro tanto; Francisco da Graça, mas todos me conhecem por Chico Baeta, um seu creado. Seu nome não me é extranho. Manoel Canho.... De Ponche-Verde?

— Isso mesmo.

— Bem dizia eu. Agora me alembro; foi em umas corridas no Alegrete, ha cousa assim como dois annos a esta parte. O senhor não esteve lá?

— Fui um dos que corri.