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Ambos ficaram mudos, e coraram. Álvaro ia retirar-se.

— Sr. Álvaro... balbuciou a moça trêmula.

— Que quereis de mim, D. Isabel? perguntou o moço perturbado.

— Esqueci-me o restituir-vos ontem o que não me pertence.

— E ainda esse malfadado bracelete?

— Sim, respondeu a moça docemente, é este malfadado bracelete: Cecília teima que

é ele vosso.

— Se meu é, vos peço que o aceiteis.

— Não, Sr. Álvaro, não tenho direito.

— Uma irmã não tem direito de aceitar a prenda que lhe oferece seu irmão?

— Tendes razão, respondeu a moça suspirando, eu o guardarei como lembrança vossa; não será adorno para mim, senão relíquia.

O moço não respondeu; retirou-se para cortar a conversa.

Desde a véspera Álvaro não podia eximir-se à impressão poderosa que causara nele a paixão de Isabel; era preciso que não fosse homem para não se sentir profundamente comovido pelo amor ardente de uma mulher bela, e pelas