deixava sensibilidade para sofrer com o pungir de cada espinho.
A baronesa acompanhara com um olhar de través a viúva quando esta saía da sala.
— Dá-me vontade de rir!...
E seu lábio desdenhoso soltou uma risadinha de escárnio.
— A tal senhora, não contente de ter casa para si e seu filho, sustento, roupa e escravos, ainda não está contente. Quer pôr e dispor de tudo. Não sou mais senhora em minha casa; não posso dar uma ordem que não a contrarie e disponha a sua vontade.
— Mas, baronesa, ela pediu licença!... observou D. Luíza.
— Agora; porque estávamos todos aqui na sala. Isso também era demais! Porém outras vezes, não se dá a esse trabalho; vai mandando como se estivesse em sua casa.
— Essa gente é assim mesmo, acudiu D. Alina. Não se pode protegê-los, que não abusem logo.
— Coitada! Ela está com cuidado no filho! disse D. Luíza aproximando-se da janela.
— Qual! Não creia nisso, D. Luíza. São partes; quer se tornar interessante.