Mais tarde, protegido por uma corda segura à margem do lago, sondou o remoinho. Da primeira vez pareceu-lhe que o rodavam vivo. A onda agarrou-o como uma folha seca, e enovelando-lhe o corpo levou-o ao fundo do abismo donde o vomitou atordoado.
Graças ao apoio da corda, e por um supremo esforço, pôde Mário ganhar a margem, onde se atirou extenuado; mas a luta se travara entre aquele menino audaz e aquele abismo terrível; um deles devia triunfar e vencer o outro, ou o abismo havia de devorar o menino, ou o menino submeteria o abismo e zombaria de sua cólera.
Mário triunfou. Como o rochedo, o lago recebeu seu jugo. Sondou ele as profundidades do boqueirão, e estudou a sua carcaça; com a continuação, chegou a conhecer todos os incidentes do abismo. Sabia onde estava a raiz encravada no rochedo, a rampa natural da pedra, para em caso de necessidade servir-lhe de apoio contra a torrente.
Toda essa luta porém fora inútil. O lago, o rochedo, a floresta, se conservaram mudos. Mário não encontrou o menor traço da catástrofe que