mas fica que nem anzol em cima d'água.
“Era à moda de presepe. A gente via o boqueirão como uma pintura, e a lua assim cinzenta como está agora.
“Então enxerguei meu senhor moço, que vinha a cavalo, e o cavalo entrou n'água, e caminhava, caminhava, e ele com a cabeça baixa, pensando, não dava fé! De repente cavalo sumiu-se; e corpo de meu senhor moço rodou no remoinho.
“Eu estava em pé lá em cima, arrancando as pedras com as mãos, de desespero, e não podia gritar. O Sr. Joaquim de Freitas estava aqui e viu quando passava o corpo e estendeu o braço para segurar. Meu senhor então agarrou a mão dele, e babatou para alcançar esta pedra. Mas ele...”
Um soluço afogara a voz trêmula do negro velho.
— Que fez, Benedito? exclamou o mancebo com angústia. Não me ocultes.
— Ele arrancou a mão!
— Miserável!...
— Aquele dedo que ele tem quebrado...