Página:O demônio familiar.djvu/112

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HENRIQUETA – Durante toda esta noite, não é a primeira vez que nos falamos e, entretanto, devíamos ter tanto que dizer-nos... Um tão longo silêncio...

EDUARDO – Não lhe dei já a razão?... Antes do meu amor, a felicidade de minha irmã. É um pequeno segredo que ela lhe contará, se já não lhe contou. Precisava tranquilizar o meu espírito, porque não desejo misturar uma inquietação, um mau pensamento, às primeiras expansões do nosso amor!

HENRIQUETA – Ah! Carlotinha também ama! Ainda não me confiou seu segredo!... Ela ao menos tem um irmão que lê em sua alma; há de ser feliz!...

EDUARDO – E nós, não o seremos?

HENRIQUETA – Quem sabe!

EDUARDO – Este casamento é impossível!

HENRIQUETA – Por quê?

EDUARDO – Porque vou confessar tudo a seu pai, e ele não sacrificará sua filha a uma palavra dada.