Página:O jesuita - drama em quatro actos.djvu/16

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CONDE – E eu o acusarei contra o povo, contra os jesuítas, contra todos. Não se dirá que um aventureiro zombou do conde de Bobadela e lutou impunemente contra a coroa de Portugal.

CORREIA – Que diz, Sr. Governador?

CONDE – Digo que este velho não é o que pensais; mas um perigoso conspirador. Há muito que o suspeitava; mas só hoje tenho a arma, que o deve ferir. (Mostra-lhe um pergaminho.) Reconheceis?

CORREIA – O selo do marquês de Pombal?!

CONDE – Sim, daquele que devia ser rei, se não fosse ministro de D. José I (Estêvão entra.)

CORREIA – Ah!... É o pupilo do doutor Samuel.

CONDE – Não quero que nos veja. Voltemos ao paço; tomai uma guarda de vinte homens e ocultai-vos nas vizinhanças. Ao meio-dia estarei aqui; tenho despachos que escrever para as capitanias do sul.