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Página:O jesuita - drama em quatro actos.djvu/74

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FR. PEDRO – Sr. Capitão, impusestes como condição da revelação do segredo de que sois sabedor, a soma de mil cruzados; aqui estão sobre esta mesa, eles vos pertencem, se, como dizeis, o que tendes a comunicar-me for em verdade importante.

D. JUAN – Julgareis por vós mesmo. Vou contar-vos o que se passou até o momento em que vi aquilo que eu tenho por um segredo de grande alcance para vossa Ordem. Se entenderdes que vale a pena, muito bem, digo-vos a última palavra, já se sabe, com a mão sobre a bolsa; se não, meia volta à direita: cada um seu rumo.

FR. PEDRO – Aceito; podeis começar. (Sentam-se. Samuel finge escrever.)

D. JUAN – Sabeis que o galeão em que vim saiu de Lisboa repentinamente e com um prego do próprio punho do ministro?

FR. PEDRO – Não; ignorava esta circunstância. (Samuel escreve.)

D. JUAN – Pois ela deu-se. Ao mesmo tempo saíram