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Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/339

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um homem limpo que quizesse casar com Zefinha.

Um Domingo, em que á porta do sitio que tinha nas proximidades do Poço-do-rei, Jeronymo esperava pela filha para ir á missa na Soledade, passou pela frente da casa Antonio Coelho. Como já se conheciam e eram até afreguezados, o marchante tirou conversa com o negociante e o teve preso ao pé de si até que Zefinha appareceu. Seguiram então os tres para a villa, e juntos ouviram a sua missa que teve para o jovem portuguez e a cachopa goyannista, particular, posto que vaga delicia.

Zefinha voltou apaixonada. Sentiu durante todo o dia e ainda no seguinte certo bem estar, certa inquietação, certa harmonia, que lhe tiraram a vontade de comer e o somno.

Com o jovem portuguez não se deu o mesmo. De noite já não lhe lembravam outras feições, outros feitiços, que os de d. Damiana, cuja imagem elle trazia permanentemente em seu olhos.

Desse dia por diante começou Jeronymo a approximar-se mais vezes de Coelho. Primeiro vieram os presentes, depois as visitas, e por fim os convites para almoços ou jantares em sua casa. Dentro em pouco estavam amigos.