passavam com intervallos, maltas de homens, vociferando, gritando, muitos delles já nos braços da embriaguez.
De repente ella viu vir correndo a marche-marche, pela Rua-das-porteiras, em procura do oitão da igreja, onde ella se sentára, uma longa fileira de soldados, os pés nús, as calças arregaçadas. Capitaneavam-os dous cavalleiros.
— Virgem Maria! exclamou ella tomada de novo horror. Aonde irá isso parar! Goyanna hoje arraza-se, acaba-se de uma vez.
Suppondo que era novo reforço de bandidos, correu a metter-se dentro de um fechado de arbustos que havia a um lado do oitão. A pobre mulher estava possuida de terror. Em todos via inimigos.
Abaixou-se quanto pôde, e nesta posição ficou immovel, quieta, rezando baixinho a Magnificat.
Quando estava nisso, passou por junto da moita o bando sempre a correr. Não fallavam. Pareciam mudos. Todos corriam apressados. Adiante ia um official e atraz outro, acompanhado de um paisano. Estes tres vinham a cavallo.
Subito uma voz soou aos ouvidos da cabocla.