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Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/94

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como a roupa, figuravam elles uma linha de soldados que derribava matos para assaltar fortificações inimigas.

Levando os olhos ao lado opposto ao de que vinha o córte, o menino só descobriu ahi estendido mares de folhas ondulantes. Eram os cannaviaes novos, que agitavam seus pannos de verdura ao sabor das virações campesinas.

Lourenço voltou do engenho perdido por elle. A festa tornára-o expansivo e contador de historias. Tudo o que com elle se passara, e o que vira, foi referido circumstanciadamente a Marcellina, não esquecendo o menino nem as quedas-de-corpo que pegára com outros meninos na bagaceira.

— Si meu pai tivesse um engenho, a coisa havia de ser outra—dizia ele de quando em quando no curso da narração.

— E porque não ha de ter? inquiriu Marcellina. Si tu nos ajudares, no fim de alguns annos poderemos comprar uma engenhoca, ou ao menos um torcedor. Do torcedor vai-se á engenhoca, e da engenhoca ao engenho. Tu bem vês que todos nós trabalhamos. Onde está Francisco? Foi à vila vender abacaxis. Eu, como vês, estou fazendo minhas esteiras para elle levar a quem as encommendou aqui