morte aos salteadores da liberdade. Tem por si a pobreza virtuosa, combate contra a imoralidade e o poder.
Os homens bons do país, compadecidos dele, chamam-no de louco; os infelizes, amam-no; o governo persegue-o.
Surgiu-lhe na mente inapagavel um sonho sublime, que o preocupa: “O Brasil americano e as terras do Cruzeiro sem rei e sem escravos”.
Enquanto os sabios e os aristocratas zombam prazenteiros das miserias do povo; enquanto os ricos banqueiros capitalizam o sangue e o suor do escravo; enquanto os sacerdotes de Cristo santificam o roubo em nome do Calvario; enquanto a venalidade togada mercadeja impune sobre as aras da justiça, este filho dileto da desgraça escreve o magnifico poema da agonia imperial. Aguardo o dia solene da regeneração nacional, que ha de vir; e, se já não viver o velho mestre, espera depô-lo com os louros da liberdade sobre o túmulo que encerrar as suas cinzas, como testemunho de eterna gratidão.”