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Página:O precursor do abolicionismo no Brasil.pdf/262

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SUD MENNUCCI

estes não cometeram. Assim, na hora em que relata que Gama, quando exibido pelo senhor, em sua viagem ao interior do Estado, afim de ser vendido, não conseguiu comprador, por ser baiano, acrescenta este comentario:

“Alberto Faria (refere-se ao de Campinas) sobre o qual decalcou Humberto de Campos, diz ter sido dos que o regeitaram com estas expressões: "— Já não foi por bom que te venderam tão pequeno” — “Baiano, nem de graça — o conde de Tres Rios, trinta anos após, orgulhoso da amizade do que não quizera para escravo.

O falecido academico equivocou-se. Quem o rejeitou foi o pai do conde, apenas Francisco E. de Souza Aranha, que o cobiçara para pagem de seus filhos. O depois conde e por ultimo marquês, não passava de filho-familias, então.”

Ora, consultado o trabalho de Alberto Faria, encontra-se lá a seguinte passagem, acerca do caso:

“A’ distancia de 40 anos, um biografo verídico fazia este comentário sentimental:

“O sr. conde de Tres Rios, que esteve a ponto de de ter Luiz Gama para pagem, tem-no hoje como um dos seus amigos mais considerados.”

De maneiras que o sr. Aureliano Leite criticou no outro o que estava rigorosamente certo.

No fim da biografia, ao referir-se aos discursos pronunciados á beira da sepultura de Luiz Gama, no dia 25 de agosto de 1882, diz o seguinte: