falta... não deve tardar a amanhecer... mais um beijo, Margarida!...
— Toma... tu hás de me querer bem sempre, não é assim, Eugênio?
— Sempre! eu te juro, torno a jurar; padre, nunca hei de ser. Adeus!...
— Adeus, Eugênio...
— Ah, não chores assim, que me cortas o coração. Enxuga essas lágrimas, para que eu possa ter ânimo de ir-me embora.
— Deixa-me chorar, Eugênio. Que hei de eu fazer?... hei de orar sempre até que voltes.
— E hei de voltar, Margarida; tanto hei de pedir, instar, rogar a minha mãe, que ela há de mandar buscar-me, e um dia, Margarida, um dia hei de ser homem, e havemos de viver juntos, e não haverá poder na terra que nos possa separar.
— Mas... meu Deus! até lá eu morro de saudades.
— Não, Margarida; hei de fazer tudo para sair do seminário, e voltar o mais breve possível... ah! não chores mais assim... já não te pedi?...
— Pois bem... olha, já não estou mais chorando... mas... não fiques lá muito tempo, não; ouviste?... volta, volta depressa, Eugênio.