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Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v1.djvu/48

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eu possa mardar-te; por isso ficará para oitubro: e então juntos leremos o meu trabalho.

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Ante-hontem partiu paia Santos o... — um bom velho. Eu e mais rapazes o acompanhámos até legua e meia de distancia. Era noite quando voltámos. O céo estava nublado e escuro. Só se via d’um amarello avermelhado a estrada até uns vinte passos perder-se no escuro das mattas negras: parecia uma ponte em um lago de tinta. E alêm, lá ao longe se levantava a cidade, negra; e os lampeões abalados pela ventania pareciâo esses meteoros ephemeros que se levantão das paludes e que as tradições do norte da Europa julgavão espiritos destinados a distrahir os viandantes, a correrem sobre o pantano immenso e preto — ou estrellas de fogo, faiscas de alguma fogueira do inferno semeadas sobre o campo negro. E do outro lado, á minha esquerda, uma barra vermelha se estendia formando do lado do poente um segmento de circulo, no horizonte, e semelhava um reflexo de um incendio immenso que alastrasse um lado do globo.

Eu parei o cavallo, e admirei! — Tinha ido com outros, e tendo galopado, os outros ficárão-me no caminho. — Parei e admirei esse espectáculo bello! — essas nuvens côr de cinza e enfumaçadas — esse céo ermo de estrellas... E a briza balsamica embatia e sacudia es-