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Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v2.djvu/148

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ESPANHA

Por essas terras iberas, onde a Bética pompeava unas suas campanhas verdejantes ao colear das águas do Belon e do Chryssus e onde ao norte, as velhas montanhas alpestres da Tarraconense se perdiam nas gargantas do Pyrenaei, as raças romanas haviam sentido nesse solo quente o despertar-lhe ao sopé de muitas tradições aí calcadas, como coturno êneo em chão de pedra. Eram as rochas negras a prumo do Calpe e Abyla que aí assestara colunas a todo o porvir, margem a margem do "fretum Gaditanum" a mão do Alcida com a inscrição funda - non plus ultra; e pelos longes dessa península, na ria do Tagus, uma aldeia, dita pelas tribos do Endovélico criada por esse Grego vagabundo que um mendigo de Smirna erguera em pedestal imorredouro, laureado de glórias pelas révoras de todo um viver humanitário. Era a Bética, onde a imaginação dos Cartagineses realizava seus sonhos anelantes de Trios, entrevistas pela adustão das sestas africanas!... a Bética, aonde todas as cismas tendiam deleitosas como o heliotrópio ao sol e lábios de homem à taça de gozos de uns lábios de mulher suave!... a Bética, por cujas balsas varavam olores ambrosíacos e o soldado perdido sentia o amornar de hálitos embalsamados da