o filho de sua vida, a esperança de suas esperanças?
— Oh! e não tereis vós também dó de mim? não sabei-lo? isto e infame! sou uma pobre mulher. De joelhos eu vos peco perdão se vos ofendi... Eu vo-lo peco, deixai-me! que me importam vossos sonhos, vosso amor!
Doía-me profundamente aquela dor, aquelas lágrimas me queimavam. Mas minha vontade fez-se rija e férrea como a fatalidade.
— Que te importam meus sonhos, que te importam meus amores? Sim, tens razão! Que importa a água do deserto, a gazela do areal que o árabe tenha sede ou que o leão tenha fome? Mas a sede e a fome são fatais. O amor e como eles: — entendes-me agora?
— Matai-me então! não tereis um punhal! Uma punhalada pelo amor de Deus! Eu juro, eu vos abençoarei
— Morrer! e pensas no morrer! Insensata! — Descer do leito morno do amor a pedra fria dos mortos! Nem sabes o que dizes. Sabes o que e essa palavra — morrer? É a duvida que afana a existência: e a duvida, o pressentimento que resfria a fronte do suicida, que lhe passa nos cabelos como um vento de inverno, e nos empalidece a cabeça como Hamlet! Morrer! e a cessação de todos os sonhos, de todas as palpitações do peito, de todas as esperanças! E estar peito a peito com nossos antigos amores e não senti-los! Doida! e um noivado medonho o do verme: um lençol bem negro, o da mortalha! não faleis nisso; por que lembrar o coveiro junto ao leito da