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Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v2.djvu/363

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— Deixai-me, amaldiçoados! deixai-me pelo céu ou pelo inferno! não vedes que tenho sono — sono e muito sono ?

— E a história a historia? bradou Solfieri.

— E a duquesa Eleonora? perguntou Archibald.

— E verdade a historia. Parece-me que olvidei tudo isso. Parece que foi um sonho!

— E a Duquesa?

— A Duquesa? Parece-me que ouvi esse nome alguma vez Com os diabos, que me importa?

Ai quis prosseguir: mas uma forca invencível o prendia.

— A Duquesa...é verdade! Mas como esqueci tudo isso que não me lembro!...Tirai-me da cabeça esse peso... Bofé que encheram-me o crânio de chumbo d derretido!...e ele batia na cabeça macilenta como um medico no peito do agonizante para encontrar um eco de vida

— Então?

— Ah! ah! ah! gargalhou alguém que tinha ficado estranho a conversa.

— Arnold ! cala-te!

— Cala-te antes, Solfieri! eu contarei o fim da história.

Era Arnold — o loiro que acordava.

— Escutai vos todos — disse. — Um dia Claudius entrou em casa. Encontrou o leito ensopado de sangue: e num recanto escuro da alcova um doido abraçado com um cadáver. O cadáver era o de Eleonora: o doido