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Página:Obras poeticas de Claudio Manoel da Costa (Glauceste Saturnio) - Tomo II.djvu/252

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Se não volta e obedece ao seu destino:
É prudente o Varão; vê-se arriscado
Sem armas, sem defesa, e profanado
O respeito não quer e a autoridade,
Que sustenta do Rei a Majestade.

De vendicar o mando a empresa toma
O famoso Albuquerque, e a grande soma,
Dos tesouros que guardo eu lhe preparo.
Melhor do que nos mármores de Paro,
Ou nos polidos bronzes de Corinto,
Ele o seu nome levará distinto,
De uma vez as cabeças decepando
Da Hidra venenosa, que soprando
Ainda o fogo está da rebeldia.
Fará subir com nobre valentia
De choupanas humildes a altas torres
Essas povoações, que a ver discorres
Desde esta margem te meu fundo centro;
Quanto do seio meu se encerra dentro
Liberal eu virei dar-lhe em tributo;
Da grande cópia do amarelo fruto
Os curvos lenhos em fecundas frotas
Irão levar às regiões remotas
As preciosas porções, que nunca vira
Em tal grandeza o Rei, que dividira
As águas do Eritreu, e desde o Tiro
Ao claro Ofir voou com longo giro.

Do Carmo a Vila, e a Vila do Ouro
Preto Formarão das conquistas o projeto;
Junto ao Rio, a que as Velhas deram nome,
A terceira erguerá, que o foral tome.
lá vens cortando o mar para rendê-lo,
Magnânimo Silveira; do teu zelo