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OS MAIAS
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E a cada phrase, sacudia os hombros, furiosamente. Depois, d’um trago, esvasiou o seu copo de Champagne, repetiu que tinha muito prazer em conhecer o sr. Clifford, rodou sobre os tacões, sahiu, bufando, entalando mais debaixo do braço o chicote — ­que tremia na ponta como avido de vergastar alguem.

Craft sorria, batia no hombro de Clifford.

— ­Veja você! cá nós, velhos portuguezes, não gostamos de novidades, e de sports... Somos pelo toiro...

— ­Com razão, dizia o outro, serio e aprumando-se sobre o collarinho. Ainda ha dias me contava na Granja, o Rei de Hespanha...

De repente, fóra, houve um reboliço, e vozes sobresaltadas gritando ordem! Uma senhora, que atravessava com um pequenito, fugiu para dentro do buffete, enfiada. Um policia passou, correndo.

Era uma desordem!

Carlos e os outros, sahindo á pressa, viram ao pé da tribuna real um magote de homens — ­onde bracejava o Vargas. Do largo da pesagem, os rapazes corriam com curiosidade, já excitados, apinhando-se, alçando-se em bicos de pés; do recinto das carruagens acudiam outros, saltando as cordas da pista, apesar dos repellões dos policias: — ­e agora era uma massa tumultuosa de chapéos altos, de fatos claros, empurrando-se contra as escadas da tribuna real, onde um ajudante d’el-rei, reluzente de agulhetas e em cabello, olhava tranquillamente.

E Carlos, furando, poude emfim avistar no meio do montão um dos sujeitos que correra no premio