janta á uma hora. E eu, emfim, para vigiar as maneiras do rapaz...
— E o sr. Affonso da Maia, exclamou Villaça, a mudar de habitos, n’essa edade! O que é ser avô, meu senhor!
— Tolice! não é isso... É que me faz bem. Olhe que me faz bem!... Mas avie-se Villaça, avie-se que Carlos não gosta de esperar... Talvez tenhamos o abbade.
— O Custodio? Rica cousa! Então, se v. ex.ª me dá licença...
Apenas no corredor, o mordomo, ancioso por conversar com o sr. administrador, perguntou-lhe, desembaraçando-o do guarda sol e do chale-manta:
— Com franqueza, como nos acha por cá, pela quinta sr. Villaça?
— Estou contente, Teixeira, estou contente. Pode-se vir por gosto a S.ta Olavia.
E, pousando familiarmente a mão no hombro do escudeiro, piscando o olho ainda humido:
— Tudo isto é o menino. Fez reviver o patrão!
O Teixeira riu respeitosamente. O menino realmente era a alegria da casa...
— Olá! Quem toca por cá? exclamou Villaça, parando nos degraus da escada, ao ouvir em cima um afinar gemente de rebeca.
— É o sr. Brown, o inglez, o preceptor do menino... Muito habilidoso, é um regalo ouvil-o; toca ás vezes á noite na sala, o sr. juiz de direito acompanha-o na concertina... Aqui, sr. Villaça, o quarto de v. s.ª...