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Página:Os trabalhadores do mar.djvu/35

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— Como está Vésin Brovard? (Era um pedreiro que tinha cahido de um telhado).

— Vai sarando.

— Devéras! pois cahio de um lugar tão alto como aquelle estaca. Admira não ficar despedaçado.

— Bom tempo foi a semana passada para a colheita das praias.

— Melhor do que hoje.

— De certo! não haverá muito peixe no mercado.

— O vento é rijo.

— Não se podem deitar as redes.

— Como vai a Catharina?

— Está embruxada.

A Catharina era evidentemente alguma feiticeira.

Gilliatt, ao que parecia, trabalhava de noite. Ao menos, ninguem duvidava disso.

Viam-n’o algumas vezes, espalhar pelo chão a agua de um pucaro. Ora a agua espalhada pelo chão traça a forma dos diabos.

Existem na estrada de Saint-Sampson, tres pedras dispostas em forma de escada. Na plataforma houve em outro tempo uma cruz, e se não foi cruz, era forca. Aquellas pedras são malignas.

Muita gente experta, e digna de credito, affirmava ter visto, perto dessas pedras, Gilliatt conversando com um sapo. Ora, não ha sapos em Guernesey; Guernesey tem todas as cobras, e Jersey todos os sapos. Aquelle sapo veio naturalmente de Jersey, a nado, para fallar a Gilliatt. A conversa era amigavel.

Todos estes factos estavam averiguados; e a prova disso é que as tres pedras lá estão. Quem duvidar