Gilliatt não foi observado. O povo estava do outro lado do porto, perto da sahida, junto á casa de Lethierry. Ahi andava o nome delle, de boca em boca. Fallava-se tanto delle que o não chegavam a ver. Gilliatt passou escondido de algum modo pelo proprio rumor que causava.
Vio de longe a pança no lugar onde a amarrára, com o cano da machina entre as quatro correntes, com um movimento de carpinteiros trabalhando, lineamentos confusos de pessoas que iam e vinham de um para outro lado, e ouvio a voz tonante e alegre de mess Lethierry dando ordens.
Metteu-se pelas ruelas dentro.
Não havia ninguem por traz de Bravées, toda a curiosidade convergia para a frente. Gilliatt tomou o atalho que costeava o muro baixinho do jardim. Parou no angulo onde estava a malva sylvestre; tornou a ver a pedra onde costumava sentar-se; tornou a ver o banco de Deruchette. Olhava para o chão da alameda onde vio abraçarem-se as duas sombras, que tinham desaparecido.
Foi caminho. Galgou a collina do castello do Valle, deceu-a, e dirigiu-se para a casa mal assombrada, onde morava.
O Houmet-Paradis estava solitario.
A casa estava tal qual elle a deixara de manhã depois de vestir-se para ir a Saint-Pierre Port.
Havia uma janella aberta. Via-se por ella o bug-pipe pendurado em um prego da parede.
Via-se na mesa a pequena Biblia dada em agradecimento a Gilliatt por um desconhecido, que era Ebeneser.
A chave estava na porta. Gilliatt approximou-se, poz a mão na chave, fechou a porta com duas voltas, poz a chave no bolso, e affastou-se.