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Rinoceronte
De tromba enorme,
Mais desconforme
Do que o mero, a baleya, o catodante
Nariz bojante,
Recurvo e longo,
Que lá do Congo
Alcança o Tenerife e monte Atlante
De raça slava
Tremenda espiga,
E ha quem diga
Que n’ella Poliphemo cavalgava,
Nariz alado,
De côr bringela,
Que de pinguella,
Serviu no amasonas celebrado.
E se não mente
A tradição,
De lampeão
Fazia n’um pharol da Lybia ardente.
Nariz de pào,
Com tal composto.
Que sobre o rosto
Tem fórma de bandurra ou birimbáo.
Cavado e torto,
Formal tripeça,
Fundido á pressa
Nas forjas de Vulcano — por aborto,