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Página:Sonhos d'ouro (Volume II).djvu/32

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— Faz favor! disse Fábio.

— Nada, meu senhor; quero entregá-lo à dona.

D. Guilhermina que esperava parada, o recebeu, mui contrariada.

— Pode seguir, Sr. Benício, disse Fábio que desejava aproveitar a ocasião de ficar só com a moça.

— Não se incomode! Talvez D. Guilhermina tenha outra vez necessidade de meus serviços.

A mulher do conselheiro percebendo a impaciência de Fábio e receando que ele tivesse algum desaguisado com o pachorrento Sr. Benício, pôs o cavalo a meio galope.

— Viva! disse o moço contentíssimo por livrar-se do sujeito.

Mas o homem, soltando o chouto à mula, aí estava rente com eles e os acompanhou até apanharem os outros.

A Guida não escapara a provocação de D. Guilhermina, e vendo Ricardo render-se no primeiro assomo, sorriu. Era a ocasião de subtrair-se à vigilância contínua que o dono do Galgo exercia sobre ela.