E mais diria, se não desaparecesse na sinuosidade da estrada.
Era o Sr. Benício a encarnação de um tipo muito usual de nossa sociedade, o do “homem serviçal”, uma das encarnações do aresko de Teofrasto.
A maior satisfação desse homem era obsequiar; não pensava em outra cousa, não tinha outra ocupação. Tanta arte e perícia punha nesse mister, que o elevara à importância de uma profissão, embora ninguém a tenha exercido com o mesmo zelo e amor.
É certo que tinha um empreguito no tesouro, se não era nalguma secretaria de estado. Mas esse não passava de um pretexto para receber os magros vencimentos, e de um meio de exercer com maior proveito a sua vocação irresistível de obsequiar.
Aparecia às vezes na repartição para tratar do negocinho do seu amigo o Conselheiro A. ou de seu amigo Barão B.; e aproveitava o ensejo para assinar o ponto e pôr-se em dia com os atrasados. Esta regalia, o chefe não a permitiria a qualquer; e se