ciprocamente se modificam. Apresentam um modo de agrupamento dos elementos que os compõem, que se pode considerar constante, o que permitte estuda-los e classifica-los attendendo exactamente aos elementos utilizados na sua composição.
§ 41 — Este estudo, na nossa lingua, torna-se de uma importancia capital.
E’ a possibilidade de formar novos nomes e novas formas de dizer, aproveitando os materiaes preexistentes para novos agrupamentos, que são á lingua a plasticidade necessaria para se dobrar, até certo ponto, a todas as exigencias de uma civilização muito mais adeantada do que aquella em que viveram os que a fallaram, e em que vive a mór parte daquelles que ainda hoje a fallam como lingua materna.
§ 42 — Em attenção á sua formação os substantivos de formação secundaria se podem dividir em dous grupos:
1°. Os de formação adventicia, formados ao sabor das circunstancias, soldando elementos preexistentes com significação própria, para dar um novo substantivo com significação propria.
2°. Os de formação regular, que se formam naturalmente pela addição de um suffixo, cujo officio é tornar substantivo a palavra a que for additado.
§ 43 — Os primeiros se formam como que soldando-se dous ou mais substantivos, ou substantivos com adjetivos.
A regra dominante da sua formação é de pospôr ao nome ou adjectivo modificado o modificador, pura ou simplesmente, ou com as elisões exigidas pela economia da nossa boa lingua.
O novo nome, então, escreve-se todo em seguida ou dividindo os elementos que o compõem por meio de traços de união, especialmente quando ha algum interesse em frizar os seus componentes. Ex. Itapéua, Ita-péua — lage, composta de Itá — pedra e Péua — chata; Murutuixáua — Muru-tuixáua commandante chefe, imperador, — de Murû — mandar, mandado, e Tuixáua — chefe.
§ 44 — Quando todavia o substantivo a formar-se traz consigo a idea de materia com que uma cousa é feita, a quem pertence, para que é destinada ou outras relações analogas, a parte modificadora da idea contida no substantivo a modificar-se, geralmente outro substantivo, é preposta, é isso de accordo com a regra da nossa boa lingua, que para exprimir estas e analogas relações manda pura e simplesmente prepor ao possessor a cousa possuida, á cousa a materia de que é feita, etc. etc. Ex. Itamaracá — sino, de itá — pedra e ma-