No Universo estas vozes ressoaram;
Línguas cem estas vozes repetiram;
E o que fizeste, oh Lísia?
Chamaram-te madrasta, e mãe tirana;
E hoje? — inda és a mesma!
Oh Pátria minha, o meu Brasil, não sejas
Como Lísia cruel para teus filhos.
Ligado à sorte sua, tu suportaste
Sec'los três os grilhões do cativeiro;
Mas já que sacudiste a espessa treva,
Que os olhos te vendava,
Da tua antiga Irmã vê as misérias,
E de imitá-la teme.
Vejamos. — Estes mirtos tão viçosos
Ornar devem de um vate a sepultura.
Oh será ele? — Não; aqui descansa
O coração de um filho.
Não afrouxemos, vamos; que assim marcha
A Humanidade inteira,
Sem nunca repousar, sobre relíquias
Das gerações extintas.
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