Página:Suspiros poéticos e saudades (1865).djvu/147

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E entreguemos a Deus nosso destino.
Se à região dos astros não subirmos,
Pirilampos seremos nos desertos,
E aos nossos reunidos, luz daremos,
Que nas trevas talvez ao desgarrado
Viajor encaminhe.
Trabalhemos, Amigo, pela Pátria,
Só por amor da Pátria,
E entreguemos a Deus nosso destino.

Ah subamos ainda,
E cheguemos ao tope da montanha.

Esta pedra que cai, bate, e reflete,
E assim de curva em curva saltitante,
Vai rolando, e batendo, até que chega
Desfeita em mil pedaços,
É a imagem dos seres subalternos,
Que só grandes parecem pela altura,
Em que a cega ignorância os colocara;
Mas quando se despenham, desaparecem,
Sem que se abale o mundo; nem arrastam
Satélites consigo,