Página:Suspiros poéticos e saudades (1865).djvu/176

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Vai-te, oh fortuna,
Não me atormentes;
Já não te creio,
Em tudo mentes.

Não sei o que é a ventura,
Nem sei se sou desgraçado.
Por bens que podem ser males,
Eu não troco o meu estado.

Vai-te, oh fortuna,
Não me atormentes;
Já não te creio,
Em tudo mentes.

Rápidos passam os dias,
E a cada passo que damos,
À morte, que é sempre certa,
Ligeiramente marchamos.

Vai-te, oh fortuna,
Não me atormentes;
Já não te creio,
Em tudo mentes.