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ís!

Quanta elevação cristã num diploma de deputado! Quando um homem leva em pleno peito, diante de duzentas pessoas que ouvem e de mil que lêem, este rude encontrão: É falso! — e diz com uma terna brandura: Pois bem, apelo para o País! — este homem é um santo! Não entrará decerto nunca no Jockey-Club, de onde a mansidão é excluída, mas entrará no reino do Céu, onde a humildade é glorificada.

É uma escola de humildade este parlamento! Nunca em parte nenhuma, como ali, o insulto foi recebido com tão curvada paciência, o desmentido acolhido com tão sentida resignação! Sublime curso de caridade cristã. E veremos os tempos em que um senhor deputado, esbofeteado em pleno e claro Chiado, dirá modestamente ao agressor, mostrando o seu diploma: — «Sou deputado da nação portuguesa! Apelo para o País!

Pode continuar a bater!»

E depois que doçura de expressões! Não vimos ainda há pouco o Sr. Ávila designado no meio de uma questão financeira com estas benévolas qualificações — camaleão, sapo, elefante?! Que autoridade no dizer! que elevação no pensar!

Como é instrutivo, como é moral, o ver discursos assim concebidos: