Página:Uma campanha alegre v2 (1891).pdf/252

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traz-lhe ramos de que tira um botão de rosa para o marido pôr na boutonnière — entra no camarote e diz-lhe: Se queres vai fumar, eu fico a fazer a minha corte a tua mulher.Onde está fulano? perguntam no corredor ao marido que fuma. — Ficou a fazer a sua corte a minha mulher.

O que faz a sua corte vai com ela às lojas, traz-lhe a valsa da véspera e o escândalo do dia, conta-lhe ao ouvido o enredo da ópera, e é ele que — quando o marido o encontra saindo da sala de sua mulher, lhe diz:

— Tenho estado a fazer a minha corte a tua mulher.

— Não queres ficar para jantar?

— Não. Vou fazer ainda a minha corte a fulana.

O celerado! o bom rapaz!

Ora bem: este homem que — para que o digamos desde já — é o amante, como é considerado pelo mundo e pela opinião? Optimamente. Bem recebido, rodeado de braços abertos, tomado como tipo e mestre pelos solteiros, invejado pelos maridos maniatados ao casamento, como uma ave que voa, pode ser invejada por uma couve que está, olhado curiosamente, intencionalmente e medrosamente pelas mulheres — torna-se centro e toma no seu mundo uma atitude vitoriosa.

Assim o ter tido um certo número de amantes,