por dos óculos, e um sorriso expressivo correu-lhe pelo rosto.
Eustáquio, que não arredara os olhos do sacerdote, exclamou:
— Padre Jorge, vós conheceis!... Dizei-me quem é por favor!... Quem é esse ente misterioso que me tem protegido com tanto desinteresse. Debalde procuro na minha memória alguma cousa... Uma boa ação, que me houvesse granjeado o merecimento de uma dedicação como a que ele tem testemunhado...
Nessa ocasião Branca e Rosalina saíam da alcova abraçadas.
O padre Jorge, indicando a menina, disse:
— Estás vendo aquela criança?... Deus não esquece os atos de caridade.
— Explicai-vos, disse Eustáquio. Rosalina... A que aludis?... Eu amparei-a, mas...
— Deus o viu... É por ela que alguém te protege.
— Padre Jorge, não sei quem...
Branca e Rosalina se tinham aproximado. Eustáquio atraiu a si a menina, passou-lhe carinhosamente a mão pelos lindos cabelos negros e beijou-lhe a fronte. Rosalina sorrindo voltou o rosto com ademanes de pombinho. Depois, ouvindo Eustáquio falar, ergueu para ele os olhos redondos que lhe brilhavam no moreno fugitivo do semblante.
— Por ventura, dizia ele, seu pai...
— Meu pai?! gritou ela de repente. Está vivo! oh!... então tenho dous pais para amar!...