Ah! Ah! Ah! A Deus?... A minha... já está encomendada!... E Branca?!...
O acento selvagem destes vocábulos desconexos fez o sacerdote tremer.
— Meu Deus! Será castigo? exclamou ele, persignando-se com terror...
A porta do corredor desprendeu-se. O fim chegava.
A claridade de uma vela alumiou a sala. A essa luz, o padre Jorge conseguiu ver o seu malfadado amigo encolhido perto do sofá, como um animal espavorido; Rosalina desmaiada no chão; o paraense no meio de um bando de homens, combatendo como um leão furioso, e ainda a cara do cadáver, contemplando tudo com o escárnio que a morte estampara nela.
Imediatamente porém apagou-se a luz, e o padre pôde somente perceber depois que a sala era o teatro de um combate horrendo, de uma luta cega. Quis, rompendo as trevas, chegar ao berço do menino, cujo choro o rumor da luta abafara, mas não tinha avançado três passos, quando uma bala desviada do meio dos combatentes o fulminou...
Alguns minutos mais tarde, apenas dons homens andavam pela sala.
A vela que puderam reacender deixava ver que eram um negro e um dos bandidos espanhóis. O negro era o miserável José, que o leitor conhece, e o outro era o chefe da quadrilha dos inimigos de Eustáquio. Estes dous velhacos se tinham refugiado na cozinha durante o combate e apareciam depois de tudo acabado. Ao redor deles estavam estendidos numerosos cadáveres e Rosalina ainda desmaiada.