a sombra fugitiva, ninguém saíra da casa do perseguido, como afirmavam os negros que a vigiavam constantemente.
Além do que, sempre que os malfeitores iam no encalço de tal sombra, viam-na refugiar-se na povoação.
Passaram-se duas semanas depois da tentativa de que Branca e Rosalina foram vítimas. O chefe dos malfeitores julgava que era já tempo de realizar os crimes que lhe ferviam na imaginação pervertida.
Reuniu, então, os companheiros, não para comunicar-lhes a resolução que tomara de atacar sem mais demora a casa de Eustáquio, porque já o fizera dias antes, mas para dizer-lhes o que cumpria cada um fazer.
O bandido apresentou-se diante dos seus subordinados com ar inquieto. Havia notado que entre eles não estava um espanhol em quem não depositava confiança e que sempre recalcitrara às suas determinações.
A ausência desse homem não lhe era desagradável, supunha porém que o recalcitrante não aparecendo tinha alguma intenção que ele não conhecia. Por essa razão, as primeiras palavras que dirigiu aos malfeitores foram para perguntar se algum deles sabia qual o motivo por que não estava presente o tal espanhol.
À interrogação ninguém respondeu. Três negros porém abaixaram os olhos e não conseguiram mais levantá-los.
O chefe repetiu a pergunta, lançando a esses três negros olhares furibundos.
Os miseráveis tremeram e quase desfaleceram quando nessa ocasião ouviram a voz de um dos outros negros.