Pela Décima Vez
Aspeto
Jurei não mais amar
Pela décima vez
Jurei não perdoar
O que ela me fez
O costume é a força
Que fala mais alto
Do que a natureza
E que nos faz dar provas de fraqueza
Joguei meu cigarro no chão e pisei
Sem mais nenhum aquele mesmo apanhei e fumei
Através da fumaça
Neguei minha raça
Chorando, a repetir
Ela é o veneno
Que eu escolhi
Pra morrer sem sentir
Senti que o meu coração quis parar
Quando voltei
E escutei a vizinha falar
Que ela só de pirraça
Seguiu com um praça
Ficando lá no xadrez
Pela décima vez
Ela está inocente
Nem sabe o que fez
Esta obra entrou em domínio público no contexto da Lei 5988/1973, Art. 42, que esteve vigente até junho de 1998.
Caso seja uma obra publicada pela primeira vez entre 1929 e 1977 certamente não estará em domínio público nos Estados Unidos da América.