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Pesquisando/V/Roteiro/relatório

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Roteiro/relatório

Muitas vezes, usa-se a palavra roteiro como sinônimo de projeto ou de plano de pesquisa. O motivo é que, em ambos os casos, temos a apresentação de uma lista de tópicos a serem desenvolvidos. O que é incorreto, a nosso ver, é falar de roteiro de um projeto, pois o projeto não deixa de ser um roteiro. A diferença reside no tamanho e na finalidade do trabalho intelectual: falamos de projeto ou plano quando a pesquisa é de largo fôlego, vai ocupar um longo tempo de estudo e será apresentada para o julgamento de uma banca examinadora, de um conselho editorial, de uma junta industrial ou comercial. Já o roteiro se refere à listagem dos elementos de um trabalho mais modesto, que pode ser a exposição de um seminário, a programação de uma excursão turística, etc. Ficando no campo estritamente didático, o expositor de um seminário deve preparar e distribuir com antecedência um texto-roteiro dos tópicos a serem discutidos. O seminário distingue-se da aula teórica pela participação coletiva por meio do diálogo: cabe ao coordenador apenas estimular a discussão, apresentando questões e suscitando dúvidas. Ora, se os participantes não estiverem a par do assunto, não poderão intervir, e o seminário transforma-se num monólogo, numa aula ministrada por um aluno, substituto do professor, geralmente com degradação de nível. Daí a necessidade da entrega prévia de uma apostila-roteiro, da qual constam a temática, o esquema de tratamento e a bibliografia básica, para que todos estejam em condições de tomar parte da discussão. Seminário significa semear ideias!

O relatório está para a conclusão como o roteiro para o projeto de pesquisa, com a mesma diferença apontada anteriormente: a conclusão cabe num trabalho de grande vulto, enquanto o relatório diz respeito a atividades menores. Em ambos os casos, a parte final deve retomar a proposta inicial. Como a conclusão remete à introdução, o relatório deve fazer referência ao roteiro do trabalho anteriormente apresentado. Conforme seu sentido próprio, a função do relatório é prestar contas do trabalho desenvolvido durante certo tempo. Há vários tipos de relatórios: semanal, anual, trienal, etc., conforme as exigências da entidade a que se presta serviço. Além dos relatórios acadêmicos das atividades de docência, de pesquisa e de prestação de serviços, há outros referentes a bolsas de estudo, afastamentos para participação em congressos, etc. Um relatório, para ser satisfatório, deve evidenciar as atividades desenvolvidas conforme a promessa apresentada no plano inicial e dentro do prazo previsto. Se houver algum desvio do projeto proposto (e isto é muito provável de acontecer, pois todo plano é sempre provisório e a pesquisa é essencialmente dinâmica), é preciso explicar o motivo da mudança de rumo perante as dificuldades encontradas.