Quatro regras de diplomacia/IV

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IV

Ter concisão e ordem no redigir

 

Dirigindo-nos um dia para o Ministerio dos Negocios Estrangeiros, n’uma Côrte onde exerciamos as funcções de Encarregado de Negocios interino, e cruzando a nossa carruagem com a de um Ministro Plenipotenciario, antigo redactor de jornal, bradou este, ao perpassar, com ar satisfeito, senão de triumpho: «Passei-lhes agora uma Nota de trinta e quatro paginas !»

Tratava-se de um negocio de que elle nos tinha inteirado; e citâmos o incidente porque exemplifica a idea que algumas pessoas têem acerca do estylo diplomatico, entendendo, segundo parece, que uma das suas excellencias consiste no volume.

Se dissermos que isso é, não raro, devido ao habito ou influencía da redacção jornalística, em que, a par da concisão muitas vezes exigida, se permitte a diffusão; a par do arrazoado frio e logico, se emprega tambem o desalinho da linguagem apaixonada; nem por isso desconhecemos que um habil redactor hade saber modificar a sua phrase conforme a conjunctura, e acommodal-a, quando fôr necessario, às conveniencias diplomaticas. Ha quem se amolde facilmente a mudança de circumstancias; ha quem, de engenho menos versatil, mal sabe temperar o estylo já formado. É só n'isto que se cifra o nosso reparo.

O estylo prolixo e diffuso é um defeito que cumpre evitar nas composições diplomaticas ; mas não se segue d'ahi que a brevidade seja a regra. Quando aquelle defeito é a causa da extensão do documento, esta é censuravel; ao passo que sendo motivada pela natureza do assumpto, está a salvo da critica n'esse particular[1]. Ha negocios aliás cujo devido desenvolvimento e apreciação requerem as proporções de um livro; e n'este caso são geralmente apresentados em fórma de Memoria, pelo menos e principalmente para a exposição dos factos.

O que realmente se exige, é a brevidade compativel com a materia e com a clareza.

A regra, formulada no seu sentido mais lato, e reduzida à sua expressão mais simples, é concisão e ordem no redigir.

A concisão refere-se a phrase, exigindo conhecimento da lingua em que se escreve. Se elle faltar, sera difficil ser ao mesmo tempo claro e concisa.

A ordem diz respeito ao movimento dialectico, dependendo da prévia e cabal concepção do objecto e fim que se tiver em mente; e que se não deve perder de vista no desenvolvimento natural e progressivo que resulta de uma boa concatenação dos argumentos.

Não sendo nosso proposito esmeuçar um assumpto que se pôde conhecer melhor pelos tratados, manuaes, e guias da especialidade, aos quaes nos reportamos, poremos remate a esta divisão do nosso trabalho com a seguinte versão do capitulo sobre o estylo diplomatico, extrahido da obra de Meisel.

Damos, no Appendice, uma collecção de modelos nos diversos generos de composição mais em uso, tirados dos escriptos de Negociadores Portuguezes, já fallecidos, e applicaveis privativa e exclusivamente ao Agente Diplomatico, acompanhada de observações sobre cada especie.

Do estylo

«Não obstante a variedade no modo d'exprímir, os escriptos politicos estão sujeitos a regras cuja applicação não é menos geral do que constante.

«Todos elles devem apresentar um fim determinado; idéas adequadas, luminosas e solidas; um movimento methodico, firme e rapido; uma linguagem castiga e correcta; termos claros, naturaes e precisos; um theor nobre e regrado; em summa, aquelle sentimento das conveniencias, que, adaptando o estylo ás circumstancías, as occasiões e as pessoas, faz com que nunca esteja acima nem abaixo do assumpto.

«Algumas das qualidades que esse estylo exige são apenas grammaticaes, reportando-se á phrase.

«Outras, referindo-se mais ao raciocinio, são da alçada da logica.

«Outras, finalmente, derivam das conveniencias, sem que por isso sejam menos importantes.

I. Qualidades que se reportam á phrase

«A correcção e a pureza do estylo são muito essenciaes para se confiar um cargo diplomatico a quem não se haja firmado n'esses alicerces do talento de enunciar os pensamentos.

«Os erros de grammatica que se revelassem em documentos destinados a maior ou menor publicidade, lançariam certo ridiculo no redactor, á custa da consideração de que deve gosar, prejudicando assim indirectamente a causa que defende. De semelhantes erros podem tambem originar-se equivocos e enganos, que em materia de politica sempre são de consequencia.

«Por outro lado não seria menos ridiculo n'um funccionario, affectar modos de grammatico e de purista, especular com minudencia e futilidade quanto ao emprego dos vocabulos, e, deixando-se illaquear pelos preceitos grammaticaes, perder de vista o essencial do que tem a dizer. Póde-se, porém, exigir que saiba exprimir-se como homem bem educado, cujo juizo e cujo gosto se hajam aperfeiçoado nos círculos de uma sociedade escolhida, e pela leitura dos bons authores. Não lhe seriam perdoados solecismos, construcções viciosas, locuções peregrinas, palavras ou phrases antiquadas, nem affectações de neologismo.

«Se a clareza do estylo deve estar na rasão da importancia de uma obra, nenhuma a exige mais imperiosamente do que os escriptos que têem por objecto os magnos interesses de um povo. Embora certa opinião demasiado vulgar pareça reconhecer na politica uma sciencia em que tudo é mysteríoso, não é menos verdade que os documentos officiaes devem ser redigidos com clareza e precisão; que o texto escuro, o sentido ambiguo, os equívocos são muito perigosos. Em diplomacia não basta fazer-se entender; cumpre ainda prevenir a ma fé para que se não aproveite de um sentido incerto, de uma palavra duvidosa, dando-lhe uma interpretação conforme aos seus interesses. No desvelo escrupuloso de conseguir a clareza, deve até incluir-se a pontuação; poisque se tem visto mais de uma vez depender de uma virgula o sentido de um artigo importante, e nascerem contestações muito graves de uma circumstancia na apparencia tão pueril.

«A escuridade resulta do pensamento mesmo, ou da sua enunciação, ou finalmente da falta de ordem nos pontos do discurso.

«Quanto à primeira causa da obscuridade, cumpre observar que é impossivel que seja claro quem se não entende a si proprio. O primeiro cuidado é, pois, meditar muito o assumpto por pouco que apresente alguma difficuldade, consideral-o sob todos os seus aspectos, analysando-o nos seus elementos até se ter d'elle uma idea exacta e bem definida.

«A clareza de que se compenetra o nosso espirito communicar-se-ha a expressão do pensamento, quer na escolha dos termos, quer na construcção dos periodos. As palavras devem ser castiças, apropriadas, bem cabidas e precisas.

«As palavras espurias são sobejas vezes inintelligiveis; os termos improprios afastam-nos da idéa, e até vem substituir-lhe outra; os que carecem de precisão, desnaturam-n'a, associando-lhe accessorios, enfraquecendo-a, ou exaggerando-a.

«No tocante á construcção dos periodos, cumpre observar que de ordinario o estylo breve convem ás discussões diplomaticas, por ser mais rapido, mais unido e mais conciso, destacando-se melhor as idéas umas das outras. Não se deve comtudo evitar com demasiado requinte o estylo oratorio; ao passo que convem não o tolher com periodos muito compridos, ou sobrecarregados de accessorios. A idea principal deve differençar-se bem das idéas subordinadas. A regularidade proporcional entre os vocabulos de uma clausula elementar deve reproduzir-se entre os diversos membros de um periodo inteiro. Observar-se-ha sempre a unidade; e o sentido hade completar-se de maneira que não deixe nada a desejar a intelligencia.

«Dissemos que a falta de ordem e de methodo no texto, visto na sua integra, era uma das causas mais fecundas de escuridade. Pertencendo este objecto propriamente ás qualidades logicas do discurso, limitar-nos-hemos a observar aqui que o espirito incommoda-se e a attenção cança-se com uma deslocação de idéas dispostas e ligadas como por acaso, quando pelo contrario deveriam reunir-se em grupos para formarem idéas principaes. Um trabalho n'essas condições é um verdadeiro labyrintho, onde a intelligencia perde o no destinado a guial-a.

«Depende pois a clareza essencialmente da correcção e da pureza do estylo, sendo mais um motivo para se estudar a lingua em que se escreve.

«A affectação, a singularidade, o nimio alinho, a elegancia requintada destoam da gravidade dos negocios de que trata a politica; esta pede a linguagem da rasão e da simplicidade. Ha quem diga que as cartas entre soberanos devem brilhar pelo espirito; parece que seria despender o espirito com pouco acerto. O estylo das cartas póde ser animado, estimulado mesmo por um sentimento que attinja o pathetico; deve, porem, aproximar-se mais do theor de uma conversa polida e facil, do que do estylo estudado de um discurso. Nas memorias, e mórmente nos autos, devem sobresahir a simplicidade e a clareza. São documentos juridicos exigindo que se attenda mais á exacção e às formalidades, do que a elegancia ou aos atavios. De resto esta simplicidade hade ser mais ou menos fundamental conforme o genero dos escriptos, a natureza do assumpto, e a diversidade da etiqueta.

«Mas evitando-se a affectação e o requinte, não se deve callir no trivial e familiar. Os vulgarismos, as locuções proverbiaes e populares, os gracejos devem ser excluidos de um estylo que exige dignidade sem soberba, nobreza sem altivez, gravidade sem pedantismo. Dirigindo-nos a um soberano em nome de outro soberano, convem que todas as expressões sejam decentes e mesuradas. Evitar-se-hão com maior diligencia ainda as invectivas, as injurias, as exprobrações offensivas, as imputações calumniosas: seria ultrajar os costumes e o decoro, e faltar ao respeito que cada um se deve a si proprio; seria excitar odios e vinganças, com offensa da boa politica; seria finalmente collocar-nos na ardua alternativa de desapprovar uma linguagem que authorisámos, ou de nos retractarmos por uma reparação solemne, ou de nos mostrarmos inconsequentes, lisongeiando aquelles mesmos que acabavamos de insultar.

{{c|II. Qualidades logicas

«A primeira lei que a rasão estabelece para qualquer escripto, é que se esteja bem decidido quanto ao fim a que se quer chegar; poisque o fim determinará a escolha dos meios a empregar e o tom dominante d'esse escripto.

«Tendo-se estabelecido o fim, cumpre que tudo se reporte a elle, e que para elle nos dirijamos por uma marcha constante e progressiva, sem nos distrahrirmos com intuitos secundarios, e sem querermos abranger o que fôr de sobejo.

Nada debilita tanto um escripto, pelo cunho que lhe da, como ser vago e indeterminado o objecto a que se dirige. Os meios, ao divergirem, enfraquecem, ou assentam em falso; mas dão-se mutuamente apoio quando todos convergem para o mesmo ponto.

«O fim commum dos escriptos politicos é persuadir, isto é, mudar ou determinar e corroborar as opiniões dos soberanos e das nações a respeito de qualquer objecto, para os levar depois a proceder conforme os nossos interesses. Mas quantos fins particulares não estão envolvidos n'esse fim geral, sobre a escolha dos quaes cumpre tomar uma decisão! Póde-se porventura ter em vista apresentar como verdadeiro o que parecia falso; como certo o que parecia duvidoso; como lícito o que parecia injusto; como justo o que parecia censuravel; como util ou necessario o que parecia perigoso ou nocivo. Pódc-se tambem trazer a mira em conseguir o effeito contrario.

«Exigem as circumstancias algumas vezes que se adoptem varios d'esses fins como meios subordinados e indispensaveis. Tambem às vezes só conseguimos persuadir ínstruindo ou commovendo. Mas em qualquer d’essas hypotheses, cumpre ter um ponto de vista determinado, estar de accordo comsigo mesmo, e sobre o que se pretende.

«Logo que se haja decidido qual o fim, é necessario informar-se de tudo quanto elle exige. Este exame reduz-se á escolha das ideas que fazem ao nosso proposito, a da ordem que havemos de seguir no encadeamento das mesmas, e finalmente á escolha do theor geral da linguagem que convem adoptar.

«Occupemo-nos do primeiro d'esses objectos, a escolha dos pensamentos.

«Temos visto que em politica o interesse é o motor mais poderoso da persuasão. Um negociador habil aproveitar-se-ha, pois, d'este attractivo, fara d'elle o ponto principal dos seus escriptos; e, em todos os negocios de nação a nação, lhe dará até preferencia sobre motivos de direito e provas jurídicas. Fundando-se, porém, em motivos de interesse, deve proceder com geito, tento e prudencia. Se parecesse conhecer melhor os interesses de uma Potencia, do que a propria Potencia, tornar-se-hia odioso; assim como se tornaria suspeito, se mostrasse demasiado calor em fazel-os sentir.

«Para se collocar na posição inconcussa que não receia a critica nem as refutações, cumpre, quanto possivel, ser mais abastado de pensamentos do que de palavras. Esses pensamentos devem ser sinceros, rectos, luminosos e necessarios; devem ter relação directa com o assumpto, e dar-lhe arrimo.

«Quem tentasse estribar-se n’um principio falso, duvidoso ou mesmo alheio da causa, expôr-se-hia a ver cahir ao mesmo tempo o principio e o edificio que era destinado a sustentar, e daria grande proveito ao adversario.

«Não convem apoiar-se senão em provas irrecusaveis. Os factos comprovam-se por authoridades, os direitos por titulos, os principios pelos raciocinios, as maximas praticas pelas vantagens que dão em resultado, e pelos inconvenientes que haveria em não as attender.

«Se a obstinação e a mà fé dos nossos adversarios nos obrigam a levar as provas até a demonstração mais rigorosa, podemos soccorrer-nos do syllogismo, com tanto que o dispamos da aridez do aparelho pedantesco.

«Attendo-nos a estes meios decisivos, não havemos de descuidar a prova semi plena, a probabilidade, a verosimilhança e a analogia. Estes meios, com quanto sejam fracos quando empregados separadamente, ganham muita força pela reunião.

«São permittidas as citações em todos os escriptos destinados a estabelecer ou destruir pontos contestados, mas o seu uso deve ser a proposito. O abuso n’este particular teria uma apparencia ridicula de erudição. Se se está no caso de refular factos, principios ou maximas, cumpre fazel-o por provas contrarias directas.

«Não deveis perder de vista que as generalidades, as declamações e as invectivas de nada servem: são as armas da fraqueza e da paixão.

«Depois de termos escolhido as ideas, resta tratar do seu desenvolvimento. Ao compor qualquer assumpto, apresentam-se os argumentos principaes, e os de circumstancia. Nem todos têem, porem, a mesma importancia, nem excitam igual interesse. Consiste pois o desenvolvimento na arte de apresentar successivamente, com a devida amplidão, todas as idéas exigidas tanto pela materia como pelo fim. N'uma palavra, dizer quanto se deve dizer, referir o assumpto integralmente, dizer sómente o que convem, e dizel-o em poucas palavras, é o segredo de um bom desenvolvimento.

«A integridade do assumpto presuppõe que se não tenha omittido nenhum dos pontos interessantes que lhe dizem respeito. Quer se trate de fazer perguntas, de expôr aggravos, de estabelecer provas, de se oppôr a pretensões, de transmittir novidades, cumpre abranger n'um golpe de vista a totalidade da questão, e não omittir nada que a possa esclarecer ou favorecer. São evidentes as consequencias perigosas de semelhantes descuidos em negocios de estado.

«Uma prolixidade inutil seria comtudo grande defeito em escriptos politicos. Comquanto certas memorias sejam susceptiveis de maior desenvolvimento, nem porisso exigem menos o cunho da precisão. Devem excluir-se as particularidades minuciosas e superiluas, as repetições inuteis, e os pensamentos estranhos ao amago da questão. Cumpre ainda observar a devida proporção no desenvolvimento das idéas que se admittem segundo o grau da sua utilidade.

«Mas não basta dizer sómente o que convem. É necessario tambem que se enuncie em poucas palavras, com precisão e de modo conciso. As circumlocuções, os epithetos, as palavras bombasticas, os muitos periodos, os ornatos indiscretos, os logares communs da rhetorica, são improprios e deslocados em escriptos onde tudo é grave e de vulto, onde tudo deve encaminhar-se a um flm determinado.

«Semelhante prolixidade denota um espirito embaraçado, diffuso, ou desnorteado que sacrifica sem proposito o essencial aos accessorios. Isto lança no trabalho um ridiculo merecido, desanima o leitor, e, desviando a attenção, prejudica o andamento dos negocios.

«N'uma palavra, em vez de uma ostentação diffusa e facunda, o que se quer em negocios é precisão, um estylo conciso, apanhado, e de periodos breves; que as palavras façam sempre ponto onde acabam as cousas.

«O abuso no abreviar seria porém nocivo á clareza, e daria ao estylo um quer que fosse de estudado e de sentencioso. Alem d'ísso poderia dar comsigo no modo imperioso, altivo e terminante. Cumpre pois, conforme as circumstancias, suavisar essa qualidade, dando ao estylo um caracter mais unido e levantado.

«O desenvolvimento de que acabamos de fallar presuppõe, ja se vê, uma ordem que se encaminhe a unidade do assumpto.

«A maior parte dos escriptos diplomaticos, e sobretudo as cartas, os comprimentos, as notas officiaes cujo fim seja limitado e restricto, não exigem o methodo rigoroso, o plano circumstanciado, e a divisão em series, que se encontram em trabalhos de maior extensão; basta que a materia seja repartida em pontos geraes claramente indicados, collocando-se nos respectivos logares do encadeamento que os une a todos.

III. Das conveniencias

«Ate aqui temos fallado dos caracteres geraes do estylo que convem a qualquer especie de composição diplomatica. Mas seria conhecer pouco as conveniencias, se julgassemos ter cumprido com os nossos deveres pela observancia d'essas condições, e se não variassemos o theor da nossa linguagem segundo as círcumstancias. A occasião, os costumes, a natureza das relações, o genero do cscripto, a importancia dos negocios, etc., prescrevcm ao verdadeiro estadista as opportunas modificações no seu estylo. Conforme as circumstancias, tera este um caracter de superioridade ou de deferencia e mesmo de respeito, de vigor, de vehemencia, de firmeza, de amizade ou de frieza, de confiança ou de reserva; approximar-se-ha mais ou menos das formas oratorias, ou se conservará mais perto das formas singelas da discussão.

«Para communicar ao estylo a singular excellencia que resulta da devida relação que tenha com as circumstancias, é preciso ter uma aptidão certa e exercitada, ser a todo o tempo senhor de si e das proprias paixões, conhecer o valor dos termos empregados e os meios de variar o estylo; cumpre finalmente ter presentes as formulas particulares introduzidas pelo uso, em relação ao ceremonial».[2]

  1. Por exemplo, os modelos n.os 23 e 25, no Appendice d'esta obra, são duas Notas bastante volumosas, podendo-se dividir a primeira em seis partes, e a segunda em quatro; mas do seu exame se conhecerá que não apresentam factos, cireumstaneias, ou pensamentos escusados, nem repetições inuteis, e que por forma alguma lhes caberia o reparo de prolixidade ou de diffusão.
  2. H. Meisel, Cours de Style Diplomatique, Tom. I chap. 1.