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Do throno excelso nos degraus sagrados

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Do throno excelso nos degraus sagrados
D′Assiz o patriarcha ajoelhára:
E consta que d′esta arte se queixára
Ao Deus, que rege o céo e move os fados:

«Grande Deus, com que pejo relaxados
«Vejo os filhos, que outr′ora abençoára!
«Já entre elles o vicio se descara,
«Já de Christo não são, da fé soldados!

«Eu te rogo, senhor, que aos loucos brades,
«E lhe avives a fé no paraiso?...»
Riu-se de Deus, e lhe disse: — Não te enfades:

—Frades não fiz, de frades não preciso;
Quando o mundo souber o que são frades,
Ha de extinguil-os, se tiver juizo.

Notas

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  1. SILVA, Inocêncio Francisco da (Org.). Poesias eroticas, burlescas e satyricas. Bruxellas: [S. n.], 1900. p. 208.