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— Não vale a pena...

— Mas seria tão divertido visitar o engenho!

— Seria! Mas agora já compramos passagens até a Bahia...

— Lá por isso não! — interveio o homem — fazendo as suas declarações ao chefe da estação, os senhores podem interromper a viagem sem perder as passagens.

Carlos, que não queria contrariar o irmão, acabou por aceder ao seu desejo. Ficou decidido que pernoitariam em Catu, visitariam o engenho no dia seguinte, e partiriam à tarde.

Quando o trem parou em Alagoinhas, os meninos reconheceram a importância comercial da cidade. Havia grande movimento na estação. Mas os nossos três viajantes não desceram. Só desceram no Catu, onde o negociante lhes ofereceu pousada até o dia seguinte.

Seriam nove horas da manhã, quando partiram para a visita ao engenho.

A estrada subia uma colina muito suave, de vegetação desigual e emaranhada: moitas de arbustos e pequenas árvores esgalhadas, gramíneas altas, enredadas em trepadeiras e lianas.

— Tudo isto aqui foi roça... — comentou Juvêncio.

— Como sabe você que isto foi roça? — acudiu Alfredo.

— Pelo mato... Além disso, veja ali as “socas”, touceiras de cana...

De fato, de espaço a espaço, via-se o verde alegre da cana de açúcar, afogado no capinzal bravio, que coroava todo o alto.