— Olhe! Ali para aquele lado há uma quebrada coberta de mato... não vê? Pois, ali deve haver água... Vosmecês para onde vão?
— Para Vila Nova da Rainha.
— Ah! Então, vamos fazer juntos a viagem, porque eu também vou para lá.
— Nós não conhecemos o caminho...
— Isso não importa! “Quem tem boca vai a Roma...” Agora, precisamos sair daqui, porque este sol é que está fazendo mal a seu irmãozinho. Vamos andando para a frente, a ver se encontramos alguma moradia por aqueles lados!
— Mas, senhor... disse Carlos, hesitando, por não saber o nome do novo companheiro.
— Chamo-me Juvêncio...
— Mas, Sr. Juvêncio, se as casas não estiverem à beira do caminho, passaremos por elas sem as ver...
— Isso não! Se houver casas, há de haver algum caminho que venha ter à estrada, — disse o novo companheiro.
E, voltando para Alfredo:
— Dê-me o seu embrulho; vosmecê está tão cansadinho que mal pode agüentar-se.
Tomou o embrulho, e suspendeu-o ao pau, que levava ao ombro, juntamente com uma trouxa e a cabaça de água. E puseram-se a caminho.
— Vosmecês não são daqui?
— Não. Somos do Recife.
— E que é que andam fazendo por aqui?
Carlos hesitou um momento sobre se devia contar ou não a sua história àquele desconhecido. Mas a fisionomia deste era tão franca, e o seu