Poesias (Zaluar)
POESIAS
AUGUSTO EMILIO ZALUAR.
LISBOA
POESIAS.
POESIAS
AUGUSTO EMILIO ZALUAR.
LISBOA
IMPERIO DO BRAZIL
Offerece o Auctor.
Estou certo que cousa nenhuma poderá
desculpar-me a temeridade de publicar este
livro de versos.—Eis-aqui o motivo por que
julgo inutil escrever um prologo.—Contar a
historia dos acontecimentos intimos que os inspiraram? — Se elles não tiverem arte de o revelar; serão inuteis todas as minhas palavras agora. — Um momento de tristeza passado á
beira de um lago nas boras de melancolia; —
uma folha secca fluctuante nas agoas de um
ribeiro; — uma phantasia de amor; — um desejo muitas vezes louco; — e tantos mysterios
do coração, que eu tenho sabido sentir; mas
que por ventura não tenho tido o condão de
revelar; — são os acontecimentos que os inspiraram: — são a chronica de todos elles. Estou certo, torno a repetir, que nada me poderá desculpar este arrojo temerario, que commetto,— talvez o arrependimento siga de bem
perto este livro;— mas um testemunho, que
preciso dar á amizade dos meus amigos, a
que vão dedicados, — e o desempenho de uma
palavra, que dei, — são os motivos, que me
animam unicamente a publical-os.
Lisboa 18 de Junho de 1846.
Brevemente se publicará a segunda parte d’esta obra, que deve completar o primeiro volume das Poesias do Auctor.
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