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Tudo o que você sempre quis saber sobre a urna eletrônica brasileira/Capítulo 11

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NOVO MODELO DE URNA

A urna eletrônica brasileira passou por grandes transformações ao longo dos 25 anos de sua existência. A estrutura física, sua aparência, teve algumas modificações, mas manteve as características básicas e a população pouco notava as alterações. Para as eleições de 2022, a estrutura física foi totalmente remodelada.

Nova Urna, Abdias Pinheiro SECON TSE

O anúncio do novo modelo de urna eletrônica (UE 2020) foi realizado no final de 2021, em Manaus, na fábrica Positivo Tecnologia, empresa responsável pela produção dos equipamentos, com sede administrativa em Curitiba.

Conforme a licitação feita pelo TSE, serão fabricadas 225 mil urnas do novo modelo, uma proposta orçada em R$ 799 milhões. A entrega está prevista para maio de 2022. E, seguindo o imposto pela Corte em 1996, a vida útil do equipamento é de dez anos.

Em 2022, a nova urna será utilizada apenas em algumas regiões do país. O modelo anterior, atualizado em 2015, também fará parte do processo eleitoral. No total, 577 mil urnas eletrônicas serão utilizadas nas eleições.

Com menos consumo de energia e ergonomicamente mais adequada, vai mudar a carinha da urna eletrônica, mas a essência continua a mesma, com hardware simples, robusto, durável, que dê para usar durante muito tempo, com dispositivos de segurança e que pode ter outros dispositivos de segurança agregados”, conta Toné.

Dentre as principais mudanças na urna eletrônica, pode-se destacar:

  • Terminal do mesário com tela totalmente gráfica e superfície sensível ao toque, sem teclado físico;
  • Processador do tipo System on a Chip (SOC), 18 vezes mais rápido que o modelo 2015;

  • Bateria do tipo Lítio Ferro-Fosfato: menor custo de conservação por não necessitar de recarga;
  • Expectativa de duração da bateria por toda a vida útil da urna;
  • Mídia de aplicação do tipo pen drive, o que traz maior flexibilidade logística para os TREs na geração de mídias.

um projeto de 2016. Ela teve alguns avanços, principalmente na parte de ergonomia. Ficou na forma de um totem, o teclado ficou centralizado, mais junto à tela, mais próximo do campo visual da tela. No mesmo momento que o eleitor está digitando, ele está vendo o voto na tela. Existem melhorias em requisitos de segurança, de componentes eletrônicos, o terminal do mesário é praticamente um tablet, com vários recursos, apresentando, inclusive, a foto do eleitor no terminal do mesário. As baterias são e uma nova tecnologia que dispensa um trabalho, que é feito constantemente em todas as urnas, de carga de 3 em 3 meses, entre outros aprimoramentos do modelo de engenharia dentro o equipamento. Permite acoplar outros equipamentos, como uma impressora para o voto impresso, ou mecanismos para etraplégicos, por exemplo, um dispositivo de verificação de movimento de olhos para que o eleitor possa votar sem utilizar as próprias mãos (esse dispositivo ainda não está disponível, mas está sendo estudado para que seja viabilizado)”, contou Giuseppe Janino.

O teclado também teve um salto tecnológico com botões com duplo fator de contato, permitindo que o próprio equipamento identifique casos de mau contato ou curto-circuito, acelerando um possível processo de substituição, caso seja necessário.

A nova urna também permitirá mais agilidade no trabalho dos mesários, que poderão iniciar a identificação de um eleitor enquanto outro ainda registra seu voto, diminuindo as filas nas seções eleitorais.

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