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Deodoro da Fonseca (número único)/Coluna 2/Página 2/Honremos...

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Honremos...

Ainda é muito cedo para que nos occupemos da grandiosa individualidade que mais se salientou nos estadios da Republica Brasileira.

Manoel Deodoro da Fonseca foi o braço poderoso do extraordinario e bello movimento de Novembro de 89, que deu por terra os restantes fragmentos da única dynastia que preponderava na livre America.

Alma moldada para os grandes commettimentos, coração nobre e cheio de boas virtudes, caracter impolluto, inquebrantavel, affeito ás luctas enaltecedoras, Manoel Deodoro da Fonseca dando ouvidos a nova geração, acompanhando de perto todas as transições do caracter nacional não duvidou sequer um momento na implantação do regimen republicano no solo patrio.

Commetteu erros porque, transviado da norma traçada pela idéa triumphante, foi lançar mão de elementos deleterios, perturbadores, elementos suspeitos ao organismo que se tratava de consolidar sobre fortes esteios.

Entretanto é forçoso confessar que a Republica não teria vingado se não fosse o concurso poderosissimo do eminente patriota.

Hoje que elle pertence a Historia o seu vulto homerico ha de destacar-se como o regenerador da nossa nacionalidade.

Honremos pois, a memoria do portentoso brasileiro.

Antonio Ramos


Esta obra entrou em domínio público no contexto da Lei 5988/1973, Art. 42, que esteve vigente até junho de 1998.


Caso seja uma obra publicada pela primeira vez entre 1929 e 1977 certamente não estará em domínio público nos Estados Unidos da América.