Deodoro da Fonseca (número único)/Coluna 2/Página 3/Mais um heróe
Acaba de abrir-se a historia brasileira offerecendo aos seus gentilicos mais um capitulo, glorificado pelo nome de Manoel Deodoro da Fonseca.
Quando successos gloriosos alcançados por este valente general, na victoriosa campanha do Paraguay, não bastassem para eleval-o a contemplação dos seus concidadãos, bastaria a sua saliencia no acontecimento de 15 de Novembro, e para fazer jús a nossa referencia.
Não póde a mocidade permanecer immovel em face das transformações que se operam no seu paiz, quando deste é, de preferencia o seu ideal.
As glorias representam cada uma solemnidade ; pois quer as conquiste a espada, quer as obtenha a palavra, quer as goze a penna, representam sempre um direito alcançado, e aquelles em cuja, póde repousar aquella coróa, desapparecem do theatro da vida, mas são transportados a todas as éras.
Hoje a população brasileira vé passar um ataúde e atira sobre elle uma allocuçào pesarosa, envolvida n'unia lagrima significativa da dór. No entanto esse mesmo ataúde, sobre o qual se despejam as saudades de um povo e que se denomina Deodoro da Fonseca, representa um altar, symbolisa mais um templo franqueado a viração que passa e legado a de amanhã.
E' que ao tempo que a tribuna sustenta Mirabeau e a penna levanta Thiers, a espada vem ao Brazil que glorilica-se na guerra estrangeira e ergue-se mais honrosa ainda, no passar pela revolução que tornou innolvidavel aquelle que se chamara Manoel Deodoro da Fonseca.
Uma lagrima sobre a sua recordação e um preito a sua gloria.
LEONEL CANARIM.
Esta obra entrou em domínio público no contexto da Lei 5988/1973, Art. 42, que esteve vigente até junho de 1998.
Caso seja uma obra publicada pela primeira vez entre 1929 e 1977 certamente não estará em domínio público nos Estados Unidos da América.