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Deodoro da Fonseca (número único)/Coluna 4-5/Página 3/Uma lagrima

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Uma lagrima

Aquelle que procura luctando, erguer seu paiz, tirar a patria do captiveiro, merece os louros de heroe. E é por isso, que o planeta americano, debuça-se hoje ante a tumba recem-aberta de Manoel Deodoro da Fonseca, para nella collocar, triste e respeitosamente, uma coroa de saudades, prateadas pelas lagrimas dos brazileiros.

E quem é que não admira, que não rende tuna homenagem ao heroe de 15 de Novembro ?

Somente aquelles que por indignos, a sedosa capa da patria, não consentiu que nella se occultassem.

Somente aquelles que não conhecem a historia brazileira ; que ignoram a morte de Tiradentes, que nunca souberam do exilio de Gonzaga o cantor de Marilia, de Alvarenga, de Claudio Costa e tantos outros que em 1872, tanto pugnaram pela verdadeira liberdade desta terra beijada pelo Amazonas.

Agora que so se ouvem os ais do Indio americano, eu o humildo republicano vejo deslizar pelas minhas faces uma lagrima dolorida, a qual cortando o espaço, vai cahir bem junto a idolotrada lousa do generalissimo Manuel Deodoro da Fonseca.

IGNACIO SILVA

Morador de Canguçú.


Esta obra entrou em domínio público no contexto da Lei 5988/1973, Art. 42, que esteve vigente até junho de 1998.


Caso seja uma obra publicada pela primeira vez entre 1929 e 1977 certamente não estará em domínio público nos Estados Unidos da América.